sexta-feira, 27 de junho de 2014

Le Dernier Tango à Paris (1972)


Maria Schneider contava com dezenove anos quando estrelou no filme "Le dernier Tango à Paris" (1972), gênero: drama, produção: franco-italiana, dirigido por Bernardo Bertolucci. No roteiro, Fanco Arcalli, Agnès Varda e Bertolucci. O premiadíssimo Vittorio Storaro cuidou da fotografia. Bertolucci já havia agilizado para os papeis principais em Jean-Louis Trintignant e Dominique Sanda, todavia, esta atriz acabou ficando grávida, impedida para o papel,  enquanto Brando aceitara no lugar de Trintignant. A música ficou à cargo de Gato Barbieri, compositor argentino, internacionalmente conhecido após o filme.  O enredo contempla crises existenciais e circunstanciais da personagem de Paul (Marlon Brando), após a morte de sua mulher, e da jovem Jeanne, que se conhecem na visita a um apartamento para locação. A procura do anonimato de ambos é o recurso em que o história se desenrola, e que somente um ator dramático e do arrojo criativo como o de Brando poderia solucionar o impasse. Com a recusa do anonimato, Paul decide por iniciar uma nova relação com Jeanne, que resiste, determinadamente. As cenas adquirem um desdobramento trágico, ou seja, tudo aquilo que uma produção necessita para dar certo, não fossem as questões desenvolvidas com a censura do mundo inteiro, cada qual com uma alegação impeditória para a liberação da fita. O lançamento no Brasil se deu somente em 1979; no Chile, com Augusto Pinochet no poder, o filme ficou retido durante trinta anos. Na Itália, país de origem do diretor, depois de ter sido processado por obscenidade, a Suprema Corte Italiana sentenciou quatro meses de prisão para Bertolucci, que, mesmo suspensa, teve seus direitos civis e políticos cassados por cinco anos. Somente em 1987, o filme conseguiu liberação na Itália, quando uma nova Lei de Costumes passou a ser vigorada. Na Grã-Bretanha, com muitas resistências dos conservadores, houve diminuição de algumas cenas executadas pelos censores.


Itália,  França
1972 • cor • 129 min
Direção:    Bernardo Bertolucci
Produção:    Alberto Grimaldi
Roteiro:    Bernardo Bertolucci
Franco Arcalli
Agnès Varda
Elenco:    Marlon Brando
Maria Schneider, Jean-Pierre Léaud, Massimo Girotti
Gênero:   drama, erótico
Idioma:    francês, inglês
Música:   Gato Barbieri
Editado por Fátima Rodero

quinta-feira, 26 de junho de 2014

MONSIEUR LAZHAR (2011_"O que traz boas novas"). Direção: Philippe Falardeau, Música: Martin Léon_ Interprètes : Mohamed Fellag (M. Lazhar), Emilien Néron (Simon), Sophie Nélisse (Alice), Brigitte Poupart (Claire Lajoie), Marie-Eve Beauregard (Marie-Frédérique), Evelyne de la Chenelière (Mère d'Alice)

MONSIEUR LAZHAR (2011_"O que traz boas novas") é uma produção canadense (quebequense), escrita e dirigida por Fhilippe Falardeau, adaptada da peça "Bashir Lazhar", de Évelyne de la Chenelière: imigração argelina e lacunas culturais, visões antagônicas acerca da aplicação da literatura e fábulas em sala de aula (ainda que não focalizadamente); choque de valores pedagógicos: todos estes ingredientes imersos em uma situação confusa em que alunos são envolvidos de forma traumática, após a morte da Professora, nas dependências de uma Escola de Montreal. A condição de refugiado do Professor Substituto não impede uma relação construtora e afetiva com os alunos. Vídeo do Trailer Legendado de Léo Mendes e Vídeo do Filme Completo de Poppy's Vídeos.
Editor - Fátima

Filme QUEMADA (nome original)_LEGENDADO E COMPLETO; em português "Queimada"(1969)_ Direção: Gillo Pontecorvo_ Produção Italiana, Marlon Brando, Renato Salvatori_Rodado em inglês_lançado com dublagem em português_Música Ennio Morricone

Queimada
Do mesmo diretor de "A batalha de Argel", Gillo Pontecorvo; ambiente do século XIX, mas oferece condições de reflexão acerca da Guerra Fria, do século XX; história do Haiti.
Queimada
Queimada! (BR)
 Itália
1969 • cor • 112 min 
DireçãoGillo Pontecorvo
ProduçãoAlberto Grimaldi
RoteiroFranco Solinas
Giorgio Arlorio
ElencoMarlon Brando
Renato Salvatori
GéneroDrama
IdiomaItaliano
Português
MúsicaEnnio Morricone
Direção de fotografiaMarcelo Gatti
Giuseppe Ruzzolini
FigurinoMarilu Carteny
EdiçãoMario Morra
DistribuiçãoUnited Artists
Lançamento21 de dezembro de 1969

quarta-feira, 25 de junho de 2014

"You Rock My World" (2001) não foi uma encomenda ou um trabalho de rotina: foi uma homenagem de Michael ao seu grande amigo Marlon Brando. O nome do Hotel estampado logo no início do vídeo clipe aponta para um dos nomes do filme "On the Waterfront", responsável pelo seu primeiro OSCAR.

Vídeo dirigido por Paul Hunter; lançado em 2001, mas conhecido como um curta-metragem (13 minutos). Composição de Michael Jackson e  Rodney Jerkins. Performance musical produzida inteiramente por Michael; todos os instrumentos musicais e vocais realizados por Jackson e Rodney Jerkins. Vocais de fundo_Michael Jackson. Intronização_Chris Tucker e Michael Jackson. Gravado por Brad Gilderman, Rodney Jerkins, Jean-Marie Horvat, Dexter Simmons e Stuart Brawley. Edição Digital por Harvey Mason, Jr. e Stuart Brawley. Mixado por Bruce Swedien e Rodney Jerkins. Estrelado por Michael Jackson, Chris Tucker, Marlon Brando, Michael Madsen, Miko Castaneda Brando (filho de Marlon Brando), Billy Drago; introduzindo Kishaya Dudley. A música é parte do Álbum INVENCIBLE (2001). Dança durante o vídeo tem fragmentos da performance "Dangerous", cancelada anteriormente. Enredo de personagens composto por Tucker e Jackson_tentando conquistar a personagem de Kishaya Dudley, em perseguição desde o bairro até o bar. O vídeo da música  "You Rock My World" foi pensado para ser o último vídeo da música caracterizando qualquer participação de Jackson antes de o vídeo de "One More Chance", todavia, sabemos que se tornou um trabalho de grande qualidade, antes de mais nada. Tem sido comparado aos clipes de Jackson dos anos 80 e de músicas anteriores para seus singles: "Smooth Criminal" (1987), "Bad" (1987), e "The Way You Make Me Feel" (1987), todos de seu estúdio de 1987 (Álbum  Bad). No vídeo, Jackson pode ser visto vestindo um blazer e seu chapéu tradicional, contando com participações de Marlon Brando,  Michael Madsen e Billy Drago. Catherine Halaby, uma escritora do Yale Daily News, que havia fornecido uma crítica positiva ao single,  descreveu o vídeo como sendo um "descendente direto" do "Smooth Criminal", com as "nuances" de "The Way You Make Me Feel". Ganhou o prêmio NAACP (Melhor Vídeo Musical)  em cerimônia do Award Shows 2002. Em vários instantes, a personagem de Tucker faz  referências às músicas anteriores de Michael Jackson, como "Beat It", "PYT (Pretty Young Thing)", "The Girl Is Mine", "Bad" e "Dangerous". A versão menor aparece em Nomber Ones, e a versão longa aparece em  Michael Jackson's Vision.
On the Waterfront (1954)Há Lodo no Cais (PT)
Sindicato de Ladrões (BR)

domingo, 22 de junho de 2014

Em 1951, Brando interpretou no cinema o filme A Streetcar Named Desire (Um Eléctrico chamado desejo, (em Portugal) e "Uma Rua Chamada Pecado", (no Brasil), com a personagem Stanley Kowalski". Também no teatro, na Broadway, interpretou Stanley, em A Streetcar Named Desire (Um Bonde Chamado Desejo), de 1947 a 1949

Trecho da Obra  "A Streetcar Named Desire": UM BONDE CHAMADO DESEJO (TENNESSEE WILLIAMS)
(CENA PARA MULHER) BLANCHE "Eu tive que receber todos os golpes sozinha. Todas aquelas mortes . . . O longo desfile para o cemitério. Papai, mamãe, nossa irmã, daquela maneira horrível! Você só vinha para casa à hora dos enterros, Stella. E os enterros são belos, comparados com a morte. . . Os enterros são calmos, e com lindas flores. Mas as mortes nem sempre. . . As vezes a sua voz é rouca. Outras vezes parecem mesmo gritar: “Não, não me deixem morrer!” Como se nós fôssemos capazes de fazê-lo! A menos que se tenha estado lá, ao lado da cama quando eles gritavam, jamais se poderá imaginar que houve luta por ar e sangue. Mas eu vi, Stella. Eu vi, eu vi. E agora você fica ai sentada acusando-me por eu ter perdido a propriedade! Mas como é que você pensa que eu paguei por todas aquelas doenças e aquelas mortes? A morte custa caro, Stella. E ela já tinha armado a sua tenda defronte a nossa porta. Belle Rêve era o seu quartel-general. E qual deles nos deixou um centavo que fosse da sua fortuna? E eu com meu ordenado ridículo de professora de escola! Sim, sente-se aí e acuse-me por ter deixado perder a propriedade. Eu deixei a propriedade perder-se? Mas onde estava você? Na cama com o seu “polaco”! (CENA PARA HOMEM) STANLEY Meu bem, eu disse a você que verifiquei a fundo essas histórias; agora, espere até que eu acabe. A complicação com Blanche foi que não podia mais agir em Laurel! Eles manjavam tudo, depois de dois ou três encontros com ela. A cidade era pequena demais para que isso continuasse toda a vida! E, passando o tempo, ela virou “figurinha” da cidade. Olhada não como diferente, mas como completamente maluca, doida. E, nos últimos anos, tem sido evitada como veneno. Bem, basta isso para ela ser um tipo refinado e particular de moça. O que nos leva a mentira número dois. Ela não vai voltar a ensinar na escola! Ela não se demitiu temporariamente do ginásio por causa dos nervos. Chutaram ela de lá e detesto ter que lhe dizer a razão porque tomaram essa medida! Um rapazinho de dezoito anos... ela se meteu com ele. O pai do rapazinho soube do caso e falou com o diretor do ginásio. Ah!, como eu gostaria de ter estado naquele gabinete quando chamaram Lady Blanche para se explicar. Gostaria de ter visto ela tentando livrar-se dessa! Mas desta vez ela estava numa enrascada dos diabos e ela sabia que não tinha jeito. Disseram que era melhor ela se mudar para outras bandas. Sim, senhor! Foi praticamente um decreto da cidade contra ela!"

"The Wild One" (1953)_(Legendado e Completo)_Para os cinéfilos, de coração.


Marlon Brando, se estivesse vivo, estaria com noventa anos, no entanto, conservou até os últimos dias, em sua arte e vida pessoal, a mesma liberdade, modernidade,  sem faltar com o critério de despojamento aos semelhantes, realidades de alma e coração. É certo que em alguns momentos se permitia a alguns silêncios, mas sua vocação era de tal forma verdadeira, que despertava entendimento com o público. São qualidades imprescindíveis a um ator. Talvez por esta razão tenha se tornado um dos alunos mais notáveis do Actors Studio (Endereço: 432 W 44th St, New York, NY 10036, Manhattan PlazaEstados Unidos), Escola de Representação, em Nova Iorque, mais precisamente, de origem no método exercitado nos anos 30 por alunos relacionados ao Group Theater, das leituras de Konstantin Stanislavski. A partir dos nos 50,  Lee Strasberg compatibilizou este método condicionando sua técnica à imersão na personagem, sofrendo esta última liberdade de criação pelos alunos e atores, livre muitas vezes de pretensão comercial. Estamos próximos dos dez anos da morte de Brando, ocorrida em primeiro de julho de 2004. E por esta razão, postarei filmes e trabalhos do ator durante sua eloquente carreira. 
Outras considerações e ficha técnica em Wikipédia: 
O Selvagem (1953) ("The Wild One")
Estados Unidos, 1953, 79 minutos, direção: László Benedek, Roteiro: John Paxton, Frank Rooney, Elenco: Marlon Brando, Mary Murphy, Robert Keith,  Lee Marvin, Jay C. Flippen, Peggy Maley, Hugh Sanders, Ray Teal, Richard Farnsworth, Gênero: Drama, Idioma: Inglês.
Famosos ex-alunos do Actors Studio
Oficial web site do The Actors Studio


quinta-feira, 19 de junho de 2014

STILL LIFE (Uma vida comum): produção de 2012; Gênero: Drama, Nacionalidade: Reino Unido, Itália: exuberante trabalho de Eddie Marsan



 Produção 2012, lançamento: 2013 (1h27min) Dirigido por Uberto Pasolini, com Eddie Marsan, Joanne Froggatt, Andrew Buchan. Gênero: Drama, Nacionalidade:  Reino Unido , Itália
Eddie Marsan
Uberto Pasolini

Uma câmera paciente nas mãos de Tsai Ming-Liang: Trazendo na bagagem o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza 2013, estreou em São Paulo, no CineSesc, exclusivamente, STRAY DOGS (2013)


Se existir uma linguagem da forma, em cinema, ela está em "Cães Errantes" (Stray Dogs)(2013). Considerando que o sucesso de um filme depende em grande parte de um bom roteiro, atribuir-se a este a análise de "Cães Errantes", seria por demais escorregadio. Não que não tenha uma bela história; também não é este o caso, mas o critério deste filme reside em outra leitura. Saímos do cinema hipnotizados pelo trabalho conduzido pela técnica. Que parâmetro fantástico da câmera, seja teleobjetiva, fixa, indireta, etc...! Nada passa despercebido; pequenos movimentos são preciosíssimos, assim como a lentidão encenada oferece um percurso de reflexão existencial ao espectador; uma troca perfeita entre o realizador e o público. "Stray Dogs" utiliza o recurso do tempo, na câmera imóvel. Tsai Ming-Liang, grande atuação na 37º Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (2013), cineasta malaio, presentifica elementos entre o tempo, sons, corpos e espaços ocupados: a figura dos animais agrupados é tão sombria quanto a do homem, colocando-os em igual condição. Essa cena é um desafio para a câmera: a necessidade de resgatar um sentido de sobrevivência às duas criaturas. Não há muita diferença entre a lentidão gestual canina, ao sinalizar um sentido de obediência por parte dos animais, na espera do alimento. Joga o diretor com critérios híbridos, fortalecendo a noção de equilíbrio (para citar somente uma cena, em que o protagonista sugere tentativa de esforço de se manter em pé, com a placa de anúncio, em local desconfortável e chuvoso), na verdade, assegurar ao sistema nervoso central suas funções de se manter em pé, justapõe-se à condição humana em que enfrenta. O direito à moradia, inalienável ao indivíduo, discute o seu papel de enfrentamento ontológico no mundo capitalista, igualmente. A obra de Tsai Ming-Liang cobra do "ser" a medida do racional. Provoca o espectador em vários momentos longínquos, com o peso do espaço, atingindo suspense, quase sempre. A câmera imóvel tenta captar o máximo da realidade espacial. Nada argumenta tanto como um cinema formal, nesta obra de Ming-Liang. É a pura excelência cênica e plena participação do público: esta reciprocidade do espectador é grandiosa, facultando a ele a tarefa de pontuar sobre o papel do roteiro, tal o esforço de reflexão dispensado na história do filme. Lee Kang Sheng ("E Lá, Que Horas São?" (2002)) protagoniza um homem e pai de família que, material e moralmente, permanece em luta contínua. No entanto, a denúncia da história recai sobre a irracionalidade da natureza física imediata, biológica, do mundo em que o circunda. Provoca intensa participação e reflexão da plateia, a partir do rigor cenotécnico. (Stray Dogs/Jiao You) Taiwan/França, 2013, 138 min. 18 anos Direção Tsai Ming-Liang. Elenco Lee Kang Sheng, Yang Kuei Mei, Lu Yi Ching. Editor: Fátima

sábado, 14 de junho de 2014

"Finding his voice" (1929)_Directed by F. Lyle Goldman Max Fleischer Produced by Western Electric Voices by Billy Murray Walter Scanlan


Finding His Voice
Directed byF. Lyle Goldman
Max Fleischer
Produced byWestern Electric
Voices byBilly Murray
Walter Scanlan
Animation byAl Eugster
Distributed byWestern Electric
Release date(s)21 June 1929
Color processB&W
Running time10:38 minutes
LanguageEnglish
      Source: Wikipédia

"Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages" (1916)

D. W. Griffith (David Llewelyn Wark Griffith), diretor de cinema estadunidense   
Fonte:      Wikipédia
               PISANO, G. e POZNER, V. (dirs). 2005. Le Muet a la parole. 
               Cinema et performances à l’aube du XXe siècle. Paris, 
               Association Française de Recherche sur l’Histoire du 
               Cinéma